sexta-feira, 3 de março de 2023

RELATO para registro sobre Agroecologia e Arte- Educação

 





UM RELATO MAIS APROFUNDADO SOBRE PARATY E DIAS DE HOJE

 

Começamos nosso trabalho com Agroecologia fazendo pães de ervas, geléias de pimenta com maracujá, colhidos do quintal, plantamos rúcula, alface, o tomate era espontâneo, utilizamos nossas sementes crioullas, e iniciamos plantio de cebolinha e salsinha, vendíamos no Produtor Rural, tivemos nossos primeiros contatos com as crianças da Cidade, conheci a produção artesanal da juçara e do palmito, nativos da mata atlântica de Paraty, conhecemos agricultores e artesãos tradicionais, fizemos amigos do quilombo do campinho e participávamos de mutirões em outros sítios; Nossos  clientes eram moradores interessados em agroecologia e restaurantes que valorizam a cultura local. Distribui muitos currículos e tive algumas entrevistas.

 Daí montamos um empreendimento e fizemos parceria com o nosso querido chamado Quintal Agroecológico, assim que voltamos da nossa segunda viagem a Amazonia e América Latina iniciamos financiado pelo nosso próprio trabalho (compramos uma câmera fotográfica), na viagem conhecemos tribos e indígenas muitos rios da Amazônia pintamos, trabalhamos, em um espaço em Manaus, fizemos roupas de palhaços; conhecemos crianças ribeirinhas e também terras agroecológicas no Equador, vimos o ponto ZERO; Conhecemos festival de Gastronomia em São Paulo.

Voltando ao trabalho, em Paraty, iniciamos a tarefa de fazer mais pães artesanais, de  mais sabores, multigrãos, plantamos mandioca, milho, colhemos acerola amora, limão, maracujá, pimenta, cacau, banana, plantamos ervas de tempero, alecrim, orégano tomilho. Etc

Beneficiamos mel, cacau torrado, fizemos brownies de ora-pro-nobis, e interagíamos com Festivais Gastronomicos da Cidade, Feiras do Produtor Rural, e outros Eventos de Paraty; Colhia os frutos nas estações e seguia plantando SEMPRE, era rotina cuidar das plantas regar, tirar o matinho, varrer as folhas, cuidar de casa, e trabalhar com free também.

Engravidei, então novos Ciclos surgiram começamos a produzir coisas novas, cucas de banana, geléia de cupuaçu, de juçara, doce de banana, muitas conservas de pimentas (vários tipos), vender sabonete artesanal e shampoo artesanal. Tinhamos responsabilidade com as compras no mercado de São Paulo, íamos e encomendávamos frequentemente, eram embalagens, grãos semente de girassol, aveia, linhaça marrom e dourada, Helder começou a fazer rosquinhas, e foccacias, era pão de todo tipo das coisas que plantávamos, pão de azeitona, pão de abóbora, pão de aimpim, pão de ervas. Pão de chocolate, pão de juçara, emfim.

A Cristal entrou em uma Nova Era de muitos nascimentos e crianças chegando; As trocas eram comunitárias e infinitas, muitos encontros xamânicos, solidários e de trocas gostosas e enriquecedoras. Tínhamos contato com muitos estrangeiros e a linguagem era única, sempre aprendendo e mantendo nosso estudo pedagógico e agroecológico.

Vendia cúrcuma na feira, plantamos camomila, nirá, tinha babosa, gostava de colher feijão guandu nos seus  ciclos, como de todas plantas seguia fielmente o ciclo de cada uma era parte do projeto estar envolvido com a natureza e suas dinâmicas próprias, daí Aya nasceu; Muitas novidades o Quintal estava bombando e a marca crescendo, entregávamos de bicicleta, os cliente s se fidelizava e tínhamos demanda, muita ralação. Manejo forte do Quintal, mutirão de juçara pra fazer polpa, compramos coisas forno, amassadeira, liquidificador, reparamos coisas da casa, pagávamos contas e investíamos no trabalho com muitas dificuldades, eramos ricos em natureza porem pobres financeiramente, muitas vezes precisamos de ajuda.

Com o que tínhamos crescemos e estilizamos as vendas com uma divulgação melhor na internet, nas redes, na logo (as tarefas principais era cuidar da manutenção e limpeza da cozinha e da casa, tudo, lavar roupas, levar filho pra escola, embrulhar pães, carimbar embalagem, embalar com plástico, fazer cartões, ajudar no preparo da massa), dessa vez dividíamos melhor as tarefas não amassava mais os pães e controlava o forno, ficava centrada nas produção de geléia de juçara, no ponto, em encher os vidrinhos, colocar adesivos essas coisas.

Daí engravidei  de novo, e la vinha o Sol, num embalo de muito trabalho e dedicação, crescendo a família (isso inclui amigos e contatos).

Num ritmo mais terra a rotina consolidada, compramos geladeira, fogão, trocamos de forno, nós estávamos mais equipados, modernizados, com bandejas grandes, formas maiores, o que tinha vantagens e desvantagens, a casa era pequena. Aí tinha capim limão, um histórico de cuidado com galinheiro e rotatividade da terra, muita relação com composto, com o Rio Pereque, Ayá crescia livre e solto, uma criança desperta alegre e inteligente!

Nesse ponto passamos por diversas experiencias, divulgamos oficina de xilo em parceria com Ateliê, e fizemos oficina da xilo com amigos, pintávamos algumas vezes, fizemos fantoche, fizemos curso de desenho de cerâmica e estamparia. Participavamos de praticamente de todos eventos culturais da Cidade, e a Cristal crescia em trocas, vivências, sabedoria, partilhas e conhecimentos. Aspectos do inconsciente, do despertar da consciência, o parapsiquismo, todas as nossas referências de experiência foram refletidas, produzimos conteúdo artístico através do trabalho artesanal, os aspectos de sustentabilidade, sobrevivência; Exploramos o Ego, muita vivência mesmo! Como desenvolver as inteligências, os corpos energéticos, pensenicos, as navegações entre os trimestres o desenvolvimento de conceito aprendizado, linguagens, outras comunicações, uma estrutura orgânica livre, independente, consciente e muito aprofundamento, teoria e mares e mais mares de idéias e em engajamentos sociais e políticos do projeto, nessa evolução específica de pesquisa e elaboração de FORMA e modelo de ensino junto ao meio ambiente, a agricultura familiar, a agroecologia. Sobre sermos UM, as adversidades e desafios que enfrentamos, eramos uma comunidades, de uma rede de amigos que tinham um sonho em comum. Nós erámos parte dessa História; Um pedacinho ingênuo, curioso e necessário; Nesse contexto nasceu Sol Sebastião.

Uma luz que clareou toda escuridão, a alegria de mais uma criança NOSSA. Um guardião, ou melhor MAIS UM GUARDIÃO desse sonho de fazer um mundo melhor, infelizmente logo em seguida nos separamos e vim pra Niterói.

Mas deixamos nosso legado de inspiração força e iniciamos novos mares, e estamos nos adaptando cada dia mais para realizar nosso sonho. Sol veio com a grandeza de tudo que colhemos, plantamos e sentimos, é para a Escolinha Cristal, hoje um símbolo de superação e libertação; Pois somos humanos, erramos e temos muito para crescer; 7 anos de luta, emfim inesquecível.

Hoje estamos mergulhados na Educação Artística e na Arte num ciclo que conta um pouco nossa Origem, mas isso é conteúdo para outro texto. Continuamos piratas contra o capitalismo e tendo como nosso maior objetivo Ensinar as Crianças para o Auto-conhecimento e a Consciência de Unidade, nossa escola aportou depois de 7 anos mas já está em alto mar novamente. Seguimos fortes, são 4 anos longe da agricultura e da agroecologia, mas fluindo bem e felizes com a Arte- Educação, é nisso que acreditamos! Viva Agroecologia ! Viva a Coscienciologia !

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